Saturday, September 29, 2007

Friday, September 28, 2007


In Público (28/9/2007)

Nota de JSF sobre IPO / Belavista (*)

Quinta-feira, 27 de Setembro de 2007

Parque da Bela Vista estará finalmente ligado à cidade
A Câmara Municipal de Lisboa irá negociar com o Ministério da Saúde a instalação do novo Instituto Português de Oncologia, em terrenos que a autarquia irá ceder, em Marvila, de acordo com a proposta aprovada ontem, na sessão da CML, com os votos favoráveis do PS, BE e PSD.

O Vereador José Sá Fernandes, que desde sempre defendeu a manutenção do IPO no concelho de Lisboa, não pode deixar de se congratular com a aprovação desta proposta e com a solução encontrada para a localização deste equipamento fundamental para a cidade.

O terreno em causa, situa-se em Marvila e ocupará uma área total de 12,5 hectares. A área prevista de construção será de cerca de 29 mil metros quadrados, sendo que grande parte desta área se encontra fora dos limites geográficos do parque denominado Bela Vista Sul, nomeadamente na zona do cabeço confinante, sendo que se prevê, no entanto, o aproveitamento do casario existente no parque, para instalação do centro de investigação do novo IPO (edifícios degradados da chamada Quinta do Pombeiro).

Assim, ao contrário do que tem sido afirmado, a instalação do IPO neste local, não compromete o Parque da Bela Vista, ainda para mais porque existirá uma expansão dos seus terrenos, no sentido da cidade já consolidada, na área das Olaias e do Areeiro, para onde estava aprovado um inacreditável loteamento no Vale Vistoso e previsto um viaduto de 4 faixas por cima do parque.

Refira-se também que não existe qualquer ameaça em termos de conforto bioclimático, uma vez que o equipamento irá localizar-se sobre uma área de sistema seco/cabeço fora do Parque, beneficiando de ausência de humidade do solo e excelentes condições de exposição solar, adequadas a um equipamento desta natureza.

É certo que o pólo hospitalar integrará como área zona verde (entre o cabeço e o casario) uma área de cerca de 4 hectares do Parque da Bela Vista Sul, mas será garantido que esta área será de circulação colectiva e acesso livre pelo menos até às 24 horas.

Por outro lado, os limites do parque serão re-alinhados, mantendo as áreas de encosta e de vale encaixado em redor disponíveis para receber a sua expansão, nomeadamente o Vale da Montanha que permitirá uma ligação verde contínua entre o Areeiro, Av. Gago Coutinho e Av. Dos Estados Unidos da América com o Parque da Bela Vista.

A estruturação destas novas áreas assenta em percursos exclusivamente pedonais e cicláveis, partindo das Olaias, Casal Vistoso e Areeiro / Av. Gago Coutinho, ligando-se assim, pela primeira vez, a cidade ao Parque da Bela Vista, actualmente sem facilidades de acesso, o que tem contribuído para lhe retirar visitantes e para a sua desertificação.
Uma das ligações fundamentais efectuar-se-á através de um passadiço pedonal e ciclável sobre o Vale da Montanha, numa extensão de aproximadamente de 170m.

Com a instalação do novo equipamento garante-se assim uma maior utilização e revitalização do Parque da Bela Vista e a sua expansão, e a permanência de um equipamento essencial na cidade principalmente numa zona (Chelas) que precisa de ser revitalizada e tem que deixar de ser guetizada.

O Gabinete do Vereador José Sá Fernandes



(*) Retirado do blogue Gente de Lisboa

IPO muda planos para Bela Vista

In Jornal de Notícias (28/9/2007)
Gina Pereira


«Centro de acolhimento infantil previsto para a Quinta do Pombeiro vai ter de ser deslocalizado

Aaprovação da proposta de António Costa que visa ceder ao Governo um terreno de 12,5 hectares em Marvila, quatro dos quais no parque da Bela Vista Sul, para instalar o futuro Centro Regional de Oncologia de Lisboa (CROL) - a construir na sequência do encerramento das instalações do Instituto Português de Oncologia (IPO) na Praça de Espanha - vai obrigar a várias alterações nos planos que existiam para aquela zona. Ontem mesmo, teve de ser adiado o lançamento da primeira pedra de um centro de acolhimento de crianças e jovens em risco, que estava projectado para a Quinta do Pombeiro, um conjunto de edifícios abandonados dentro do parque.

A iniciativa do Movimento ao Serviço da Vida (MSV), com o patrocínio do projecto "Mundo Perfeito" da "Swatch", ia ser apadrinhada pela mulher do presidente da República, Maria Cavaco Silva, e acabou por ser cancelada. Em comunicado, a Câmara de Lisboa agradeceu a compreensão do MSV e dos restantes parceiros e lembrou que está em causa um "objectivo de interesse público".

Segundo a Câmara, o MSV aceitou ponderar outras localizações para a construção do centro de acolhimento temporário, entre elas a Quinta de Nossa Senhora da Paz, no Lumiar, um espaço municipal ao abandono que, no anterior mandato, esteve para ser vendido em hasta pública.

A Câmara compromete-se a tentar não atrasar os prazos já estabelecidos pelo MSV, de abrir o centro em 2008.

Outra das alterações que será feita é a "reformulação completa" de um loteamento municipal que está projectado para o Casal Vistoso. Segundo o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, esta alteração "vai permitir ganhar uma área verde de cinco hectares" e "compensar" o que se "perde" na Bela Vista. No fim de contas, Salgado garante que o parque terá um "saldo positivo de dois hectares em área verde".

Ao que o JN apurou, o presidente da Câmara de Lisboa já pediu ao ministro da Saúde que seja marcada uma reunião, o mais rapidamente possível, para que possam apreciar esta solução, que visa fazer frente à oferta de um terreno em Leceia por parte da Câmara de Oeiras.

Na reunião de Câmara de anteontem, onde Costa conseguiu que o PSD viabilizasse a sua proposta de cedência do terreno, o presidente da Câmara explicou que existem três estudos de implantação alternativos para os quatro edifícios que o Ministério Saúde pretende construir, mas admitiu que pode ainda haver alterações. O CROL ficará inserido numa ampla área verde, de uso público, que só fechará à noite.

O projecto é apoiado por Paulo Ferrero, membro do Observatório do Parque da Bela Vista, que se congratula pela possibilidade de o IPO não sair de Lisboa e admite que o projecto possa ajudar a inserir na cidade uma zona hoje afastada (...)»

Thursday, September 27, 2007

Costa mandatado para negociar IPO

In Sol Online (27/9/2007)
Por Margarida Davim

«A Câmara de Lisboa aprovou, esta quarta-feira, a proposta de António Costa que autoriza o presidente a negociar com o Ministério da Saúde a cedência a título gratuito de terrenos no Parque da Bela Vista para a instalação do novo IPO

António Costa vai poder negociar com o Ministério da Saúde a cedência de terrenos para manter as instalações do Instituto Português de Oncologia em Lisboa.

O presidente da Câmara apresentou, esta quarta-feira, uma proposta que disse considerar essencial para se sentir «mandatado» para negociar com o Governo em nome do município.

«Eu diria que é uma autorização intercalar para saber se tenho luz verde para prosseguir as negociações», explicou Costa, lembrando que depois desta fase a Câmara e a Assembleia Municipal terão ainda de se pronunciar sobre a cedência propriamente dita.

A proposta – votada favoravelmente pelo PS, BE e PSD – acabou, contudo, por ser votada em alternativa com um outro texto apresentado por Helena Roseta.

A proposta dos Cidadãos por Lisboa só conseguiu, porém, o apoio dos vereadores do movimento Lisboa com Carmona, optando o PCP por não participar na votação.

Helena Roseta explicou a sua oposição ao texto apresentado por Costa e Sá Fernandes, dizendo que não se conforma com a ideia de o IPO abandonar as instalações que agora ocupa em Palhavã, mostrando-se preocupada com o futuro que a Câmara e o Governo irão dar ao espaço e com a «perda de identidade» daquela zona da cidade.

Manuel Salgado, vereador do Urbanismo, lembrou durante a apresentação do projecto que o que está a acontecer é «uma competição entre ofertas de terrenos» feitas pelas Câmaras de Lisboa e Oeiras. Recorde-se que Isaltino Morais já se disponibilizou para ceder gratuitamente terrenos em Oeiras para receber o IPO.

Para Sá Fernandes, «o ganho de manter o IPO na cidade é inquestionável», pelo que a solução encontrada «é a melhor», sobretudo porqueo vereador do BE com o pelouro dos Espaços Verdes garante que a cedência de uma parte do Parque da Bela Vista «não vai fazer a cidade perder área verde» e que tem ainda a vantagem de «permitir ligar Chelas ao resto da cidade através de uma ponte pedonal e de uma ciclovia».

Manuel Salgado considera que Chelas vai ganhar com a construção do novo parque da saúde que acolherá o IPO – mas também uma unidade hoteleira, um centro de apoio psicológico e um centro de investigação –, já que «aquela zona necessita de equipamentos de alto valor».

O arquitecto recorda ainda que o local é o ideal, por ter «acessos de excepção», que incluem o metro, o comboio e futuramente também o TGV.

Sem querer avançar com o destino que será dado aos terrenos onde actualmente está o IPO, junto à Praça de Espanha, Salgado admite apenas que «não se exclui a possibilidade de os mesmos vierem a ser urbanizados»

Estas últumas afirmações é que são para pensar: «urbanizados»? «TGV»?

Tuesday, September 25, 2007

Ainda a proposta de António Costa para o IPO:




Estes são os 3 «bonecos» possíveis da dita proposta, que, independentemente dos problemas colaterais que suscitam e que são matéria para outra discussão, quiçá noutro fórum - que destino dar aos terrenos do actual IPO? será lícito dar ao Governo um terreno inscrito como «verde» no PDM? - ; não nos parecem afectar minimamente a zona central do Parque da Bela Vista, e duvidamos que afectem a zona sul, «inaugurada» recentemente pela anterior Vereação ... em breve, será feita visita ao local para aquilatarmos o real impacto dessa possibilidade.

Seja como for, talvez a 1ª solução esquemática talvez seja a melhor, uma vez que se coloca o hotel fora do perímetro hospitalar, e as restantes unidades parecem bem espaçadas.

Fonte; mão amiga de LJ

Monday, September 10, 2007

Lar para crianças na Bela Vista

In Jornal de Notícias (8/12/2007)
Gina Pereira

«Um edifício abandonado e bastante degradado situado no interior do Parque da Bela Vista Sul, em Lisboa, vai ser reabilitado e transformado num centro de acolhimento temporário para crianças em risco, que deverá entrar em funcionamento em Setembro do próximo ano. A primeira pedra foi ontem lançada, numa cerimónia onde estiveram a "primeira-dama", Maria Cavaco Silva, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e os principais patrocinadores do projecto, a Tempus Internacional.

Trata-se de uma iniciativa do Movimento ao Serviço da Vida (MSV), uma organização que há cerca de sete anos se apercebeu do problema das crianças que tinham de ser retiradas às famílias e não tinham para onde ir. Pedro Sottomayor, dirigente do MSV, explicou que este espaço se destina a acolher crianças entre os três e os 12 anos, que deverão permanecer na instituição por um período máximo de seis meses. O objectivo é que possam depois regressar às famílias ou ser encaminhadas para adopção, disse, explicando que para o efeito serão celebrados protocolos com a Segurança Social.

O lançamento da primeira pedra chegou a estar agendado para o passado mês de Setembro, mas teve de ser adiado devido às negociações que então decorriam entre a Câmara e o Governo para a instalação do Instituto Português de Oncologia (IPO) naquele local, o que poderia vir a inviabilizar este projecto. Ontem, António Costa agradeceu a "compreensão" do MSV e congratulou-se por "ter sido possível conjugar tudo no mesmo espaço maravilhoso que é o Parque da Bela Vista", felicitando-os pela recuperação de um património que está muito degradado. Pedro Sottomayor vê com bons olhos a proximidade do IPO, sobretudo pela questão da segurança.

A apoiar este projecto está a Tempus Internacional, representante em Portugal da marca "Swatch", que em Junho lançou um relógio para ajudar a financiar a obra, orçada em cerca de 600 mil euros. Salomão Kolinski, administrador da Tempus Internacional, disse que, até à data, já foram vendidos cerca de 18 mil relógios, mas estima que durante o período de Natal as vendas aumentem fortemente.

Outro dos apoios veio do ateliê de arquitectura Saraiva & Associados, que ofereceu os projectos de arquitectura e engenharia, no valor de cerca de 30 mil euros. Também a Fundação Luís Figo ofereceu 100 mil euros e, na segunda-feira, terá lugar no Museu da Electricidade um leilão de arte contemporânea para apoiar este projecto.

O quarto projecto

A construção do centro de acolhimento temporário para crianças em risco no Parque da Bela Vista Sul é o quarto projecto de cariz social em que a Tempus Internacional se envolve, sempre através da comercialização de relógios especificamente criados para o efeito. A caminhada começou em 2000, com o lançamento de um relógio destinado a financiar a recuperação de uma escola em Timor, inaugurada em 2002. Nesse ano, arrancou o projecto de reabilitação de um conjunto de edifícios degradados em Monsanto, destinados a criar novas instalações para a Ajuda de Berço, a funcionar desde Julho de 2004. Nesse ano, arrancou o projecto "A Casa do Gil", a recuperação de uma casa no Parque de Saúde de Lisboa, na Avenida do Brasil, que desde Julho de 2006 acolhe 15 crianças em processo pós-hospitalar. Para financiar o projecto do MSV, a "Swatch" lançou, em Junho, o "Mundo perfeito". O relógio custa 52 euros, sendo que seis vão directamente para este projecto. Até ao momento, foram vendidos cerca de 18 mil relógios.»

Nota: obrigado, RR!