Thursday, November 15, 2007

Rock in Rio/Pedido esclarecimento s/protocolo+comissão acompanhamento

Exmo. Sr. Presidente da CML, Dr. António Costa,
Exmo. Sr. Vereador dos Espaços Verdes, Dr. José Sá Fernandes,


No seguimento do comunicado da CML relativo às edições de 2008 e 2010 do Rock in Rio, e do cocktail de lançamento do mesmo, vimos por este meio solicitar a V.Exas. que;

* Tornem público o acordo CML-organizador, ponto por ponto;

* Tome as medidas necessárias ao cumprimento das obrigações da organização decorrentes dos protocolos anteriores, nomeadamente a colocação de vedação definitiva, a instalação de vigilância ininterrupta, a permanência de 7 jardineiros a full time, etc.;

Mais solicitamos que, à semelhança do que foi feito para o festival Creamfields, também agora seja constituída uma comissão de acompanhamento, que permita fazer um levantamento da situação pré e pós evento, e que nessa comissão, também à semelhança do Creamfields, haja a possibilidade de nela incluir um representante do Observatório do Parque da Bela Vista.

Na expectativa de uma resposta de V.Exas., subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Diogo Moura e José Carlos Mendes

Tuesday, November 13, 2007

Confirmado Rock in Rio no Parque da Bela Vista (???!!)

In Diário XXI (13/11/2007)

«O festival de música Rock in Rio irá permanecer até 2010 no seu local habitual, no Parque da Bela Vista, apesar da construção do IPO naquele local
A organização do festival de música Rock in Rio garantiu ontem que o evento se realizará no Parque da Bela Vista, em Lisboa, “pelo menos até 2010”, apesar de estar a ser considerada a construção naquele local do novo Instituto Português de Oncologia (IPO). “Não existe qualquer obstáculo para a realização do festival. O Rock in Rio está confirmado, se um dia o IPO vier a ser construído ali, temos que pensar num outro local no futuro, mas não agora, pelo menos até 2010”, declarou Rodolfo Medina, vice-presidente do Rock in Rio, em declarações à margem da apresentação da estratégia de comunicação da edição de 2008 do festival. Rodolfo Medina esclareceu que “existem de facto conversações com a Câmara Municipal neste momento, mas para combinar as melhores formas de funcionamento do festival”. A 2 de Novembro o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, revelou estar “à beira de chegar a um acordo” com o ministério da Saúde para a instalação do IPO no Parque da Bela Vista. O terreno oferecido pela Câmara de Lisboa ao ministério da Saúde para a instalação do novo IPO situa-se em Marvila, na zona do Parque da Bela Vista, ocupando uma área de 12,5 hectares. António Costa quis com esta proposta evitar a saída do IPO de Lisboa para Oeiras. »

Como diz JCMendes, e bem, no seu «Lisboa Lisboa», andam a fazer-nos todos de tolos, pois não existe nada concreto sobre as futuras edições do Rock-in-Rio. Costas quentes?

Tuesday, November 6, 2007


In Público (6/11/2007)

Monday, November 5, 2007

Nota de imprensa:

No seguimento das notícias vindas recentemente a público sobre o Parque da Bela Vista, nomeadamente sobre o Rock-in-Rio e sobre o IPO, somos a comentar o seguinte:

1. Não deixa de ser estranha a "segurança" com que é anunciada a edição de 2008 do Rock-in-Rio, sabendo-se, como se sabe, que não existe qualquer protocolo ou acordo escrito sobre uma nova edição daquele festival.

Mais, desconhece-se completamente se a comissão de acompanhamento CML / Rock-in-Rio continua ou não activa, pelo que se desconhem as contrapartidas por essa eventual nova edição.

Assim, não só se está a anunciar algo que não tem suporte escrito, como se esquecem os compromissos assumidos aquando do protocolo das edições anteriores, que, recorde-se, continuam por cumprir: substituição da vedação, vigilância com 7 elementos, reposição do coberto vegetal da zona central, etc.

2. Até à data não foi esclarecido se foram os serviços florestais da CML a providenciarem as 3 hipóteses de localização do futuro IPO, pelo que continuamos à espera de um esclarecimento por parte da CML.

Sobre as 3 hipóteses aventadas na comunicação social, escolhemos claramente a 1ª, que implica a localização do hotel fora da zona do Parque da Bela Vista.

Ainda sobre esta hipótese, cumpre-nos declarar que não estando em causa mais do que um morro de canavial e um terreno de sequeiro, isso não significa que a área a ser ocupada pelo novo IPO não seja considerada como "verde" e, por isso, objecto de protecção pelo PDM.

Sobre a ocupação da Quinta do Pombeiro, cremos ser uma boa solução, a do Centro de I&D, desde que o projecto arquitectónico não altere significativamente a traça e o desenho do edifício e jardim, hoje ao abandono; e desde que a solução de cariz social que estava prevista para a quinta seja trasladada para a Quinta da Nossa Senhora da Paz, no Lumiar.

3. Até à data não se sabe qual o destino da compensação financeira (175 mil €) decorrente do acordo para a realização do festival Creamfields.


Paulo Ferrero, José Carlos Mendes, Diogo Moura e Carlos Brandão

Friday, November 2, 2007

Câmara à «beira de chegar acordo» sobre IPO no Parque da Bela Vista

In Sol Online (2/11/2007)

«O presidente da Câmara de Lisboa revelou à Lusa estar «à beira de chegar a um acordo» com o Ministério da Saúde para a instalação do Instituto Português de Oncologia (IPO) no Parque da Bela Vista

«Estamos à beira de chegar a acordo» disse à Lusa o presidente da Câmara, António Costa (PS).

O terreno oferecido pela Câmara de Lisboa ao Ministério da Saúde para a instalação do novo IPO situa-se em Marvila, na zona do Parque da Bela Vista, ocupando uma área de 12,5 hectares.

Prevê-se uma área de construção de 29 mil metros quadrados, dividida em quatro edifícios, um para módulo hospitalar, outro para investigação, um edifício residencial e uma unidade de apoio psicológico.

António Costa quis com esta proposta evitar a saída do IPO de Lisboa, depois de o Município de Oeiras ter disponibilizado terrenos para acolher aquela unidade de saúde.

A Câmara autorizou António Costa a negociar com o Ministério da Saúde através da aprovação de uma proposta na reunião do executivo de dia 26 de Setembro.

Na altura, o autarca explicou que os terrenos em Marvila vão ao encontro do projecto de um "campus hospitalar" pretendido pelo Ministério da Saúde e têm ainda a vantagem de estar perto do futuro Hospital de Todos-os-Santos.

"Permite a instalação nas franjas do Parque da Bela Vista Sul sem interromper a ligação com o Parque da Bela Vista Norte", referiu.

A zona inclui a Quinta do Pombeiro, que a Câmara se havia comprometido a ceder para um centro de acolhimento temporário de crianças, que poderá agora vir a ser instalado noutra propriedade da autarquia, a Quinta da Paz.

O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), destacou na altura os «melhores acessos» oferecidos pela localização em Marvila em comparação com os terrenos disponibilizados pela Câmara de Oeiras.

Para «ganhar área verde», compensando os espaços verdes ocupados no Parque da Bela Vista Sul, a autarquia quer «reformular um loteamento municipal no Vale Vistoso» que ocupa cinco hectares.

A ideia é igualmente fazer uma «ligação pedonal e de ciclovia por cima da linha do caminho-de-ferro para ligar a Belavista à zona das Olaias e do Areeiro».

O vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes (BE), sublinhou que a proposta, discutida com o mentor do Plano Verde de Lisboa, Gonçalo Ribeiro Telles, contempla um futuro corredor verde até ao Parque Florestal de Monsanto.

Sá Fernandes destacou ainda que a instalação do IPO em Marvila vai beneficiar uma «zona da cidade guetizada».

Lusa/SOL»

O grande problema aqui nem sequer é a área que o IPO vai ocupar na zona sul do Parque da Bela Vista, que, a bem dizer, é um barranco com canas e pouco e árvores palito, plantadas, para inglês ver, dias antes da anterior vereação cair.

O problema aqui é outro e tem duas vertentes:

1. Que vão fazer com os terrenos do IPO em Sete-Rios? Porque não se faz o que a administração anterior do IPO sugeriu a este mesmo ministro quando ele era ministro do governo de Gueterres: recicle-se o actual IPO no mesmo espaço, de forma gradual.

2. Os doentes que futuramente forem ao IPO, na Bela Vista, irão sofrer imenso, sob o ponto de vista psíquico. Aquela zona é altamente problemática, basta sair naquelas bocas de Metro, em descampado, com vento e coisas feias por todo o lado. Carros em alta velocidade, passadeiras e passeios inexistentes. Enfim, uma Lisboa de 2ª, ou 3ª, nem bem sei.

Por isso, antes de haver IPO tem que haver dignidade naquele espaço. Senão, melhor seria Oeiras...