Tuesday, March 20, 2007

Parque da Bela Vista, Lisboa Oriental



Observar o Parque: porquê e para quê?

Comecemos pelo princípio: o que é o Parque que queremos OBSERVAR?
Leia-se no ‘Observer’ uma breve descrição, como foi inserido aí em baixo e aqui lhe quero recordar para encadear o meu raciocínio: «O Parque da Bela Vista oferece grandes zonas arborizadas de prado e de relvado, recortadas por uma rede de caminhos. As zonas altas são miradouros que possibilitam uma ampla vista sobre a cidade e o Tejo, estando ainda por descobrir pela população. Aqui poderá também usufruir do parque de merendas, circuito de manutenção, polidesportivo, balneários, pérgola, "nora" e campo de golfe».

Oxalá que assim seja sempre!

Pergunto: será que depois dos Rock in Rio (RiR) ainda é assim? Veja as fotos inseridas ali, no mesmo link. Escolhi uma (ver acima, a mais pequena). Vamos de seguida, num destes dias, mostrar-lhe aqui em fotos o que aconteceu e o que «resta»… (por exemplo, esta, a maior aí em cima, mostra uma fase da obra, em Março de 2004, na preparação do 1º RiR.
Este «Observatório» quer o quê? Nada mais simples: juntar vontades para que o Parque continue a servir Lisboa e os lisboetas. Só isso.
Mas isto qui pode virar campo de batalha contra grandes interesses. Poderosos interesses. Oxalá me engane. Você vai acompanhar-nos…

1 comment:

John le Doe said...

«…estando ainda por descobrir pela população» E assim continuará por muito tempo e por quase todos. Merendas, manutenção, desporto passeios por pérgolas contemplando o rio e praticar o swing ou o putting são actividades ociosas, têm por isso lugar em duas situações principais: diariamente por cidadãos inactivos (reformados, desempregados, marginais, maus patrões, etc.); ao fim-de-semana (e férias) pelos outros.

Até Le Corbusier - a quem devemos grande parte dos problemas das cidades que hoje temos - já tinha percebido que as zonas de lazer e ócio quotidianas teriam de se encontrar nos lugares onde os cidadãos passam os dias, o que no nosso caso quer dizer dentro da cidade [o parque da Bela Vista apenas o está administrativamente...]; os locais de lazer ocasionais deveriam estar bem mais longe [as razões que ele apresenta são disléxicas face à nossa realidade, mas a nós basta perceber que entre sexta e segunda toda a gente prefere sair da cidade para fazer o mesmo, especialmente por ter [entenda-se querer, se preferir, mas tente convencer alguém com processos dignos de uma sociedade civilizada (centrada na liberdade também dos outros e não apenas dos que não gostam de cidades e querem obrigar os outros a viver num campo impossível aqui dentro)] de pegar no automóvel].

Quanto ao futuro manter-me-ei em observação. Gosto de saber sempre o que se imagina para esta cidade de que tanto gostava [encontramo-nos e divergimos - simultaneamente (passava-se o mesmo com o professor com que acabei o curso, mas tornou-se chato e já só sabe rezingar, parece uns velhos do Restelo que eu conheço)].